25 março 2017

OPINIÃO: Engenharia e arquitetura públicas são desafios a serem enfrentados

A Lei Federal que assegura às famílias de baixa renda assistência técnica pública e gratuita para projeto e construção de habitação de interesse social, garante direito a famílias que tem renda de até três salários mínimos. Ela atende também a reforma, ampliação ou regularização fundiária de habitações em áreas urbanas ou rurais.

Essa iniciativa busca, entre outros objetivos, diminuir a ocupação irregular em áreas de risco ou de interesse ambiental, além de evitar a informalidade dos processos de edificação, reforma ou ampliação das habitações no poder público municipal ou outros órgãos.

Há da parte de alguns juristas, convencimento de que a aplicação da proposta de assistência técnica não precisa de legislação complementar local - estadual ou municipal -, por ser a Lei 11.888/08 autoaplicável, mas apenas a necessidade de iniciativa conjunta das entidades, municípios e agentes governamentais em firmarem convênios para que a assistência possa ser colocada em prática  e comece a atingir os seus objetivos. No entanto, há quem defenda que depende de regulamentação local.

Destaca o art. 182 da Constituição da República que "A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes.”

O Plano Diretor do Município de Pederneiras prevê que a política de habitação deve garantir moradia digna a todos, incluindo a segurança jurídica da posse, a disponibilidade de serviços, materiais, benefícios e infraestrutura, a habitabilidade, a acessibilidade e a adequação cultural da moradia.

Já o discurso de que habitação social gera despesas é superficial e frágil. Moradia é um direito previsto, e assim como saúde e segurança, precisa estar contemplado na composição dos orçamentos anuais.

Polêmicas à parte, apesar da Lei n.º 11.888/08 conceder esse recurso aos municípios, muitos deles ainda não estão aptos ou ignoram as verbas disponíveis no Fundo Nacional de Habitação e Interesse Social (FNHIS). Mas importa saber que essa política de assistência técnica é universal.

Reginaldo Monteiro
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