02 março 2015

Capital e trabalho se unem contra pacote de Levy

A série de medidas que compõem o pacote de ajuste fiscal do governo, coordenada pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, está provocando uma união de forças inusitada no Brasil: o trabalho e o capital. Tanto representantes das indústrias e quanto a classe trabalhadora já demonstraram publicamente condenação à tentativa do governo de equilibrar as contas públicas à base de aumento da carga tributária e de redução em direitos trabalhista e previdenciários. Pelo lado do empresariado, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) já começou a preparar uma frente de combate à MP que revoga a desoneração da folha de pagamento das empresas e eleva em 150% as alíquotas da contribuição previdenciária cobrada sobre o faturamento. A iniciativa de se unir às centrais sindicais na cruzada contra o pacote de Levy teria partido do próprio presidente da Fiesp, Paulo Skaf. O objetivo é reunir na mesma frente Fiesp, Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical e outras gigantes do sindicalismo para pressionar o Congresso a não aprovar os ajustes para garantir a meta de superávit primário de R$ 66,3 bilhões para este ano. "A Fiesp vai fazer tudo contra a MP. Ela está articulando uma ampla frente de combate às medidas que aumentam os impostos" disse um interlocutor das indústrias de São Paulo à jornalista Marta Beck, do Globo. Na defesa das medidas, o governo pretende argumentar que o ajuste fiscal é uma conta que está sendo dividida por toda a sociedade e exigirá sacrifícios de todos: governo, empresários e trabalhadores.
(Brasil247)
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