Um
dos temas mais questionados tem sido a segurança pública, apontada como grande
preocupação da população. E não sem razão, pois o Brasil é um país violento e,
além disso, a violência é excessivamente exposta pela mídia, a criar-se uma
cultura de medo e pânico.
No
programa de governo registrado no TSE pelo então candidato Camargo, hoje
prefeito de Pederneiras, está o sistema de monitoramento por câmeras em lugares
estratégicos do município, para ajudar na melhoria da segurança pública.
Simplesmente, o que a administração que ai está fez, alegando falta de recurso,
foi tentar transferir a responsabilidade pela sua implantação – ou boa parte
dela – para o comércio local, como se viu numa reunião convocada para discutir
o tema.
Tem
ainda o caso da atividade delegada, que
permitiria que policiais militares trabalhassem nas suas horas de folga, reforçando
a segurança da cidade. A lei autorizativa está em vigor desde outubro de
2013 e até agora, nada. Difícil nesta altura do campeonato é saber em qual das
gavetas do poder municipal se encontra a minuta do convênio a ser firmado com o
Governo do Estado.
Engana-se
quem pensa que o problema da criminalidade restringe-se à polícia. Noticiários dão contra de alguns prefeitos que empurram a culpa pela falta de segurança no
governo estadual, sob a alegação de que as polícias não são responsabilidade do
município. Essa é a maior demonstração da falta de conhecimento de gestão
pública. Segurança é problema do município, sim. A Polícia Militar e a Polícia
Civil são da responsabilidade do governo do Estado, mas a segurança pública,
como um instituto complexo, diz respeito a todas as esferas da Administração
Pública.
Além
do desenvolvimento econômico de um município, é importante haver planejamento
para a manutenção da qualidade de vida. Isso se faz com as prioridades
escolhidas pelo prefeito e sua equipe, além da devida fiscalização pelos vereadores. Se há
dinheiro para pagar inúmeros assessores, também deveria haver para investir em
políticas públicas.