19 outubro 2014

Ódio ao PT está matando a candidatura de Aécio Neves

Imerso em uma piscina de bílis e ódio, o  candidato tucano Aécio Neves chamou a sua adversária Dilma Rousseff, no debate do SBT, de “mentirosa” e “leviana”Foi agressivo e desrespeitoso como não se tinha visto até ali. Ele não precisava disso. O ex-governador de Minas já fora repreendido abertamente por Luciana Genro (PSOL) quando lhe levantou o dedo, durante um debate. "Por que Aécio nunca fez isso contra adversários homens?", perguntou o PT. Aécio tem contra si uma denúncia séria de agressão contra mulher, reportada pelo jornalista Juca Kfouri em 2009. Ele “deu um empurrão e um tapa em sua acompanhante no domingo passado, numa festa da Calvin Klein, no Hotel Fasano, no Rio”, escreveu Kfouri na época. O candidato até ameaçou processar por injúria, calúnia e difamação. Mas o jornalista sustentou a informação e Aécio deixou por isso mesmo. Por que será? Os marqueteiros de Aécio já deviam saber que o ódio é um aliado mortal em eleições democráticas. Assusta. É repulsivo. Na história, só ganhou eleições em países à beira do precipício da ruptura institucional. Linchadores de mulher, é bom salienta, nunca pegou bem. José Serra, em 2010, todos se lembram, além de forjar uma agressão por bolinha de papel, pôs-se a denunciar o suposto abortismo de Dilma, ele, cuja própria mulher havia se submetido a uma interrupção voluntária da gestação. Tanta encenação, percebeu-se logo, foi só para agradar ao raivoso e descontrolado pastor Silas Malafaia. De novo, assustou. Aécio vai na mesma toada. A impressão que dá é que o PSDB, por falta de algo melhor para dizer (além de que manterá o Bolsa-Família), precisa insuflar o ódio para criar factóides de imprensa. É a única coisa que explica que Fernando Henrique Cardoso afie os dentes dos advogados da supremacia do Sul e Sudeste, ao atribuir à desinformação do povo nordestino a votação acachapante no PT, durante o primeiro turno das eleições presidenciais. Como resultado óbvio de tal convergência insultuosa Aécio viu crescer e se multiplicar a sua taxa de rejeição. Afastou novos eleitores e conseguiu assim estancar o crescimento eleitoral que poderia levá-lo a vencer o PT. Agora, de novo, é Dilma quem detém a iniciativa. A semana promete!
(extraído do texto de Laura Capriglione)
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